A cirurgia íntima tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões sobre saúde e estética feminina. Conforme evidencia o cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, o crescimento da procura por esse procedimento se deve tanto a fatores relacionados ao bem-estar quanto à aparência. Embora muitas pessoas associem a cirurgia íntima apenas a melhorias estéticas, há situações em que ela pode estar diretamente ligada à saúde física e emocional da paciente. Entenda!
O que é a cirurgia íntima?
A cirurgia íntima, também chamada de ninfoplastia ou labioplastia, consiste em corrigir alterações na região genital, seja por excesso de tecido, assimetria ou mudanças causadas por fatores como parto e envelhecimento. O objetivo pode ser reduzir incômodos físicos ou atender ao desejo de melhorar a aparência íntima. Para Hayashi, compreender a motivação da paciente é essencial para indicar o procedimento de forma responsável.

Muitas mulheres buscam a cirurgia íntima para melhorar a autoestima e sentir-se mais seguras em situações de intimidade. A estética, nesse caso, desempenha papel importante na qualidade de vida. No entanto, reduzir o tema a uma questão exclusivamente estética seria simplista. A insatisfação com a região íntima pode gerar impactos emocionais significativos, como ansiedade, vergonha e dificuldade em relacionamentos.
Quando a cirurgia íntima é uma questão de saúde?
Em alguns casos, a cirurgia íntima vai além da estética. Mulheres com hipertrofia dos pequenos lábios, por exemplo, podem sentir dor ao praticar exercícios físicos, ao usar roupas justas ou durante a relação sexual. Esses sintomas afetam diretamente a qualidade de vida e configuram uma questão de saúde. Além disso, alterações decorrentes do envelhecimento ou de partos naturais podem causar desconforto funcional que só é resolvido com intervenção cirúrgica.
Entre os benefícios da cirurgia íntima estão a melhora da simetria, redução de atritos e maior conforto no dia a dia. Do ponto de vista emocional, muitas pacientes relatam aumento da autoconfiança e maior liberdade para viver sua sexualidade. De acordo com Hayashi, o impacto psicológico positivo é um dos pontos que mais reforçam a relevância do procedimento, pois a autoestima está intimamente ligada ao bem-estar geral.
O que considerar antes de optar pela cirurgia íntima?
Antes de tomar a decisão, é fundamental avaliar expectativas, necessidades e possíveis riscos. A consulta com um cirurgião plástico de confiança permite esclarecer dúvidas, compreender as técnicas disponíveis e identificar se há indicação clínica para o procedimento. Como ressalta o cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, cada caso deve ser analisado de forma individualizada, respeitando tanto os aspectos funcionais quanto estéticos.
Não há uma idade única indicada, mas recomenda-se que o procedimento seja feito após o desenvolvimento completo da região genital. Em geral, mulheres adultas que já enfrentam desconfortos físicos ou emocionais relacionados à área íntima são as que mais se beneficiam. A decisão deve levar em conta a maturidade da paciente e a clareza em relação aos objetivos desejados.
Estética e saúde: duas faces da mesma moeda
Por fim, o doutor Milton Seigi Hayashi explica que assim como qualquer cirurgia, a ninfoplastia envolve riscos, como infecção, sangramento e cicatrização irregular. Seguir as orientações médicas no período pós-operatório é essencial para reduzir complicações e alcançar os resultados esperados. O repouso adequado, a higiene correta e a abstinência sexual temporária fazem parte dos cuidados.
A cirurgia íntima pode ser tanto uma necessidade estética quanto uma questão de saúde, dependendo da situação de cada paciente. Ao unir bem-estar físico e psicológico, o procedimento se mostra uma alternativa válida para quem sofre com desconfortos ou deseja resgatar a autoconfiança. A escolha consciente, orientada por um especialista, é o caminho para resultados seguros e satisfatórios.
Autor: Mibriam Inbarie