Segundo a entendedora Cristiane Ruon dos Santos, a costura como terapia vem ganhando cada vez mais espaço entre pessoas que buscam atividades capazes de relaxar a mente, desenvolver a criatividade e proporcionar bem-estar emocional. Muito além de uma habilidade manual, costurar se tornou um recurso valioso para aliviar o estresse, combater a ansiedade e até melhorar a autoestima. O ato de criar algo com as próprias mãos conecta o indivíduo ao momento presente, favorecendo a concentração e estimulando uma sensação profunda de realização pessoal.
Permita-se desacelerar e descubra como cada ponto costurado pode se transformar em um momento de cuidado e reconexão consigo mesmo.
Como a costura como terapia contribui para a saúde mental?
De acordo com Cristiane Ruon dos Santos, a costura como terapia atua diretamente na redução do estresse e da ansiedade, pois envolve movimentos repetitivos e um foco concentrado na tarefa, o que ajuda a desacelerar o ritmo mental. Essa imersão no momento presente funciona como uma prática meditativa, permitindo que a mente se afaste das preocupações cotidianas e encontre um estado de calma e equilíbrio.
Outro aspecto importante é que costurar estimula a liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores ligados à sensação de prazer e bem-estar. Cada etapa concluída, desde o corte do tecido até o acabamento final, reforça a autoconfiança e gera uma recompensa emocional que incentiva a continuidade da prática. Esse ciclo positivo fortalece o vínculo com a atividade e amplia seus benefícios terapêuticos.
Quais benefícios físicos a costura pode trazer?
Embora seja lembrada principalmente por seus efeitos psicológicos, a costura também oferece benefícios físicos. A prática estimula a coordenação motora fina, já que exige movimentos precisos das mãos e dedos. Como destaca a entusiasta Cristiane Ruon dos Santos, essa habilidade é especialmente valiosa para manter a destreza manual ao longo do tempo, sendo recomendada até como exercício preventivo contra problemas articulares.

A postura ao costurar, quando feita corretamente, também fortalece músculos da coluna e ombros. Utilizar uma cadeira adequada, ajustar a altura da mesa e fazer pausas para alongamento são medidas que, além de prevenir dores, contribuem para uma prática mais confortável e segura. Manter essa consciência corporal durante toda a atividade ajuda a evitar lesões de longo prazo. Além disso, investir em iluminação adequada garante que o trabalho seja feito com mais precisão e menor esforço físico.
Outro ponto relevante é a melhoria na percepção visual. Trabalhar com tecidos, padrões e detalhes minuciosos treina os olhos para identificar cores, contrastes e formas, desenvolvendo a atenção aos detalhes, habilidade útil não apenas na costura, mas em várias áreas do dia a dia. Essa prática contínua estimula a coordenação entre visão e mãos, aprimorando a agilidade manual. Com o tempo, essa habilidade se torna um recurso valioso para outras tarefas criativas e profissionais.
Como começar a usar a costura como ferramenta terapêutica?
Conforme explica Cristiane Ruon dos Santos, o primeiro passo é criar um espaço dedicado à costura, mesmo que pequeno, onde todos os materiais estejam organizados e acessíveis. Isso evita interrupções e facilita a imersão na atividade, elemento essencial para que ela funcione como terapia. Um ambiente acolhedor e bem iluminado também contribui para aumentar a concentração e o prazer durante a prática.
Para iniciantes, começar com projetos simples é o ideal. Ajustar uma barra, fazer uma fronha ou criar pequenos acessórios são tarefas rápidas que permitem experimentar diferentes técnicas e, ao mesmo tempo, sentir a satisfação de concluir algo. Conforme a confiança aumenta, é possível se aventurar em trabalhos mais elaborados. Ter metas realistas desde o início ajuda a manter a motivação e evita frustrações.
Participar de grupos de costura, presenciais ou online, também pode potencializar os benefícios terapêuticos. Compartilhar experiências, trocar ideias e receber feedback positivo fortalece o senso de pertencimento e torna o processo ainda mais prazeroso e motivador. Além disso, essa troca de conhecimentos amplia a criatividade e inspira novas possibilidades de projetos.
Autor: Mibriam Inbarie