O Instituto IBDSocial evidencia que promover ações descentralizadas no campo da saúde é um passo fundamental para ampliar o acesso e garantir equidade entre diferentes comunidades. Levar serviços, informações e cuidados para dentro dos territórios permite atender às especificidades locais, respeitar as diversidades culturais e reduzir desigualdades históricas no acesso aos recursos de saúde.
A atuação territorializada também favorece a identificação precoce de riscos e a construção de soluções integradas, com base na realidade vivida pelas pessoas. Quando as estratégias de cuidado são adaptadas ao contexto local, os resultados se tornam mais efetivos, com maior adesão por parte da comunidade e menor evasão nos tratamentos.

A descentralização como instrumento de justiça social
Segundo análise do Instituto IBDSocial, um dos principais ganhos da descentralização é sua capacidade de reduzir distâncias entre o sistema de saúde e a população. Levar unidades móveis, mutirões de atendimento, programas itinerantes e ações comunitárias para áreas periféricas, rurais ou de difícil acesso representa mais do que uma estratégia operacional: é uma afirmação do direito à saúde como princípio universal e inegociável.
Ademais, a descentralização favorece o fortalecimento da atenção básica, aproximando o cuidado das famílias e promovendo relações mais próximas entre usuários e equipes de saúde. O Instituto IBDSocial comenta que, ao compreender a realidade de cada território, os profissionais conseguem atuar com maior sensibilidade, prevenindo agravos, identificando vulnerabilidades e articulando redes de apoio com outros serviços sociais.
Outro ponto importante é que a descentralização valoriza os saberes locais, incluindo a comunidade como parte ativa dos processos de cuidado. Agentes comunitários, lideranças locais e coletivos populares tornam-se aliados estratégicos na disseminação de informações, na identificação de demandas emergentes e na mediação entre população e serviços.
Gestão eficiente e territorial: integração como caminho para resultados sólidos
De acordo com o Instituto IBDSocial, a descentralização bem-sucedida depende de uma gestão eficiente, capaz de articular diferentes frentes de atuação de forma coesa e estratégica. Mapear as demandas locais, acompanhar indicadores de saúde e planejar a alocação de recursos com base em dados territoriais são práticas indispensáveis para garantir resultados sustentáveis e coerentes com as necessidades reais da população.
Outro fator relevante é a construção de parcerias entre o sistema público, o setor privado e entidades sociais que atuam diretamente nas comunidades. Essas colaborações ampliam o alcance das ações de saúde, viabilizam projetos estruturantes e promovem maior integração entre políticas públicas. Para o Instituto IBDSocial, essa articulação entre diferentes agentes fortalece a eficiência do sistema e assegura respostas mais rápidas e ajustadas às particularidades locais.
Vale destacar ainda que uma gestão territorializada deve manter canais de escuta permanentes com a população. O retorno dos usuários é essencial para aprimorar os serviços, corrigir falhas e construir uma cultura de cuidado mais participativa e transparente. Isso gera impactos positivos tanto na qualidade do atendimento quanto na confiança da comunidade nos serviços de saúde.
Equidade e proximidade: impactos positivos para a população
Sob a perspectiva do Instituto IBDSocial, quando o cuidado é prestado no território, as pessoas se sentem mais acolhidas, compreendidas e respeitadas. Essa proximidade favorece a humanização do atendimento e aumenta a confiança da comunidade nos serviços de saúde. Além disso, ações descentralizadas facilitam o acesso de grupos historicamente marginalizados, como populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas ou moradores de periferias urbanas, promovendo justiça social e reparação de desigualdades estruturais.
Por fim, a descentralização reforça a ideia de que o cuidado não deve estar restrito a hospitais e clínicas, mas presente no cotidiano das pessoas, onde elas vivem, trabalham e constroem suas redes de apoio. O Instituto IBDSocial frisa que aproximar o serviço da realidade das comunidades é essencial para transformar a saúde em um direito efetivo, acessível e digno para todos. Com isso, fortalece-se um modelo de gestão que alia ética, eficiência e proximidade real com a população.
Autor: Mibriam Inbarie