Conheça mais sobre o cultivo de arroz em terras altas com o agricultor Agenor Vicente Pelissa

Mibriam Inbarie
Mibriam Inbarie
Agenor Vicente Pelissa

De acordo com o agricultor Agenor Vicente Pelissa, o cultivo de arroz é tradicionalmente associado as áreas de várzea, onde a água é um recurso mais presente e constante, garantindo o desenvolvimento adequado das plantas. No entanto, o cultivo em terras altas, que são áreas com menor disponibilidade de água e características diferentes do solo, vem ganhando espaço, principalmente em regiões onde as condições geográficas e climáticas favorecem essa prática.

Esse cultivo representa uma oportunidade de diversificação agrícola e segurança alimentar, mas também traz desafios que exigem técnicas específicas para seu sucesso. A seguir, abordaremos alguns aspectos dessa prática como: os principais desafios enfrentados, os possíveis impactos ambientais e as oportunidades que ela oferece.

Os principais desafios do cultivo de arroz em terras altas

O primeiro grande desafio do cultivo de arroz em terras altas, também chamado de “arroz sequeiro” é o controle das ervas daninhas, como destaca o produtor rural Agenor Vicente Pelissa. Essas plantas indesejadas competem por recursos essenciais, como água, nutrientes e luz solar, prejudicando o crescimento das plantas de arroz. A situação se agrava nas terras altas, onde a menor umidade do solo e as condições climáticas podem favorecer o desenvolvimento de certas ervas, dificultando o manejo.

Outro desafio é a nutrição do solo. Terras altas geralmente têm um solo menos fértil, necessitando de um manejo específico para oferecer os nutrientes que a planta de arroz precisa. Isto posto, a rotação de culturas pode ser uma estratégia eficaz para manter o solo saudável e produtivo. Porém, esse manejo exige um conhecimento técnico maior, elevando os custos e demandando assistência técnica para os produtores, conforme ressalta o empresário rural Agenor Vicente Pelissa.

Como o cultivo em terras altas pode impactar o meio ambiente?

O cultivo de arroz em terras altas pode trazer alguns desafios ambientais, especialmente em relação ao uso de recursos naturais. Essas áreas exigem sistemas de irrigação para suprir a menor disponibilidade de água, o que pode pressionar fontes de água locais e afetar a sustentabilidade hídrica da região. Portanto, para minimizar esses impactos, é essencial que os produtores adotem práticas de irrigação consciente, que utilizem apenas a quantidade necessária e evitem o desperdício.

Quais são as oportunidades para o arroz de terras altas?

Apesar dos desafios, o cultivo de arroz em terras altas oferece oportunidades significativas. Segundo Agenor Vicente Pelissa, uma delas é a possibilidade de expandir a área de produção de arroz em regiões onde as várzeas não estão disponíveis, aumentando a produção nacional e contribuindo para a segurança alimentar. Isso é especialmente relevante em regiões onde o arroz é um alimento básico, e sua produção local pode reduzir a necessidade de importação e os custos para o consumidor final.

Outra oportunidade está na inovação tecnológica e na pesquisa. Pois, o desenvolvimento de novas variedades de arroz adaptadas a condições de seca e solos menos férteis abre portas para que o arroz de terras altas seja cultivado em diferentes regiões do país, impulsionando a economia local e criando novos mercados.

Uma alternativa que pode contribuir para a produção nacional

Em suma, o cultivo de arroz em terras altas representa uma alternativa promissora para a agricultura, especialmente em regiões onde a disponibilidade de terras alagadas é limitada. Embora apresente obstáculos, as oportunidades que essa prática traz para a segurança alimentar e a economia local são consideráveis. Aliás, conforme as técnicas vão sendo aprimoradas, é possível imaginar um cenário onde esse cultivo seja mais acessível e sustentável.

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